terça-feira, 19 de agosto de 2008

Mérito Professora M° Tereza Alexandre

A pesquisa Científica como intrumento pedagógico II

A pesquisa científica como Instrumento pedagógico II

Profª Maria Thereza Alexandre

Transversalidade e Educação:

Pensando uma educação não disciplinar

Silvio Gallo



Atualmente a educação está sendo absorvida pelos meios de comunicação e a serviço dos meios políticos. Por outro lado o homem ainda não está apto para relacionar-se com o mundo e a sociedade de forma plena.

A personalidade do aluno e sua postura não são formadas na escola, existe um conjunto de fatores que contribuem para essa formação, por exemplo; a relação de pessoas que participam e interagem nesse microcosmo.

Na escola o conhecimento é apresentado de forma fragmentada onde o aluno não é capaz de entender a relação existente entre as disciplinas.

Ainda não se tem na escola um conceito entre as disciplinas que rompe em si com sua estruturação comum voltado para uma visão única de cada setor do saber integrando entre as várias ciências.

Os problemas ecológicos são estudados por várias áreas do conhecimento.

A multidisciplinaridade e a transdisciplinaridade vem para quebrar as barreiras buscando respostas para assuntos complexos.

Um trabalho interdisciplinar faz uso de várias disciplinas.

Quando se pensa em uma educação não disciplinar reportamos a configuração da árvore em que seu tronco é representado pela filosofia e seus galhos pelas especializações representando a relação das ciências em comum com o tronco.

Neste caso a árvore representa os saberes disciplinares de forma fragmentada, pois as ciências estudadas estão nos galhos e não há comunicação direta com o tronco.

Surge uma proposta de trabalho de forma rizomática que ajuda a solucionar a dimensão imposta pelos problemas híbridos, mas os professores ainda não conhecem e sem a devida formação torna-se difícil realizar esse trabalho devido sua complexidade.

Quando um professor tenta efetuar um novo trabalho sem a devida formação acaba fazendo de forma errada e podendo até trazer prejuízo ao ensino, o que acredito que deva ter ocorrido quando foram introduzidas práticas educacionais baseadas em estudos construtivistas.

Tanto as universidades e até mesmo a escola ainda não se atentou para uma grande mudança e transformação que deveria estar acontecendo na educação sendo bastante claro o avanço em outros setores.

Profª Tereza Silva Santos Scorçafava

A pesquisa científica como Instrumento pedagógico II

Profª Maria Thereza Alexandre

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Notas sobre o processo de alfabetização escolar

Sérgio Antônio da Silva Leite



Alfabetização é um grande desafio para as escolas e os pesquisadores que busca a formação de leitores e produtores de texto competentes, pois o envolvimento de práticas sociais de leitura e escrita contribuem para o exercício da cidadania.

Há necessidade de estarmos superando o modelo tradicional de alfabetização que visa o ensino do código sendo considerada a escrita um simples reflexo da linguagem oral, requerendo do aluno prontidão.

Atualmente não existe a pré - escola na Rede Municipal de Ensino a Educação Infantil esta dividida em grupos etários e tem como Proposta Pedagógica o brincar.

Se a escola usa o modelo tradicional de alfabetização pode ocorrer que alguns cidadãos tornem analfabetos funcionais, que são pessoas que têm o código escrito, mas não conseguem inserir na sociedade.

Após os anos 70 pesquisadores têm desenvolvido propostas de alfabetização mais avançadas como: Soares (1985), Emília Ferreiro (1985), Kramer (1986), Smolka (1988), Braggio (1992) e Leite (1988, 1992).

As concepções de escrita constituem em caráter simbólico que sua relevância e essência são o significado (signos).

Escrita verdadeira implica que é escrita é usada nas práticas sociais e neste caso tendo como ponto de partida e chegada o texto, tanto falado (linguagem oral) como escrito.

Conforme Pcn Língua Portuguesa pga.36 Texto é :

Um texto não se define por sua extensão. O nome que assina um desenho, a lista do que deve ser comprado, um conto ou um romance, todos são textos. A palavra “pare”, pintada no asfalto em um cruzamento, é um texto cuja extensão é a de uma palavra. O mesmo “pare”, numa lista de palavras começadas com “p”, não é um texto, pois não se insere em nenhuma situação comunicativa de fato.

Questionamentos

Os Pcns têm uma visão social e democrática?



Os professores usam os PCNS como Parâmetros?



Na França em uma escola com um período de sete ou oito horas tem-se exigido que os professores façam um planejamento em que os alunos escrevam duas horas e meia por dia, sendo em qualquer área do conhecimento, artes, educação física, elaboração de questões.

Quando estamos alfabetizando é importante planejarmos nosso trabalho com diversos gêneros textuais tanto falados como escrito que correspondam aos seus diversos usos sociais.

Com os avanços tecnológicos os setores de produção capitalista passaram a exigir que se tenha um trabalhador mais qualificado em conseqüência disso Paulo Freire (1979) sinaliza para uma atuação no desenvolvimento da consciência crítica, eliminando a consciência ingênua.

Consciência ingênua é o ser humano totalmente alienado, já a consciência critica as pessoas analisam a realidade e traçam propostas de mudanças tornando-se sujeito de sua história, sendo ativo e transformador de sua realidade.

Na escola uma alfabetização numa perspectiva crítica requer que em sala de aula se tenha propostas em que os alunos possam problematizar sua realidade, sugere-se todo trabalho com textos que possibilitem efetuar uma análise da realidade e suas condições sociais.

A criança quando chega à escola já teve muito contato com a escrita através da mediação do adulto ela vai apropriando-se de suas funções e interagindo com suas concepções. Quando ela depara com um modelo tradicional ocorre uma ruptura em sua escolarização, pois essa criança terá um trabalho pedagógico que prevalecerá o código em relação ao significado.

Atualmente a escola tem como objetivo a formação do leitor e produtor de texto para que o educando possa usar a linguagem escrita e oral.

Os autores têm proposto um novo conceito mais abrangente que o de alfabetização, porém este não sendo descartado, trata-se do conceito de letramento.

Kleiman(1995), “define letramento como um conjunto de praticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos, para objetivos específicos”.

Soares (1998) “ Definiu letramento como o resultado da ação de ensinar ou aprender a ler e a escrever, ou seja, o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da escrita.”

“Para ela, o que muda no indivíduo que apresenta um bom nível de letramento é o seu lugar social, ou seja, muda a sua forma de inserção cultural na medida em que passa a usufruir de uma outra condição social e cultural”.

Pode acontecer que uma pessoa alfabetizada (domínio do código) e um nível precário de letramento e também um indivíduo sem domínio do código com acesso a práticas de sociais de escrita (carta).

Ao analisarmos os níveis de letramento de um grupo social observamos as conseqüências sociais em detrimento com a escrita.

Letramento X Alfabetização

Letramento conforme Soares, (1998) está identificado na dimensão social e individual.

Dimensão individual relaciona-se com as habilidades individuais presentes na leitura e escrita.

Dimensão social relaciona-se com as práticas sociais, ou seja, usos da leitura e escrita pelas pessoas.

Os autores tendem a situar a alfabetização dentro do processo geral de letramento, porém com um trabalho pedagógico voltado para textos verdadeiros excluindo o uso de cartilha, que caracteriza o método tradicional, isso implica que o professor tenha domínio de varias áreas do conhecimento estas terão conotação de áreas auxiliares no processo de alfabetização.

Esse conhecimento se dará na relação sujeito-objeto sendo na alfabetização pautada pela relação aluno - escrita sendo mediada pelo professor.

O papel da escrita será de natureza político – ideológica e tendo o professor como mediador na concepção de homem, mundo e cidadão.

Destacamos a seguir algumas contribuições da lingüística no processo de alfabetização:

A – Superação da concepção de que a escrita é a representação da fala.

Linguagem escrita x linguagem oral

B - Dimensões específicas entre língua falada e escrita.

(não falamos com escrevemos)

C – Compreensão do caráter histórico da linguagem oral e escrita.

D – Interpretações das variações lingüísticas (fala # da norma culta).

E – Texto em uma concepção democrática, numa relação entre de quem escreve e quem lê.

F – Leitura como um significado do texto e não como um ato de decifração do código.

G – Substituir as atividades metalingüísticas ( uso da gramática normativa tradicional) inovando-se com atividades epilinguísticas (reflexão da leitura e escrita) visando aprimorar os usos sociais.



Destacamos a seguir algumas contribuições da psicologia no processo de alfabetização:



A teoria construtivista que contribuiu para uma melhor compreensão de como a criança constrói a escrita baseada em hipóteses, sendo o professor facilitador do processo. Nesse caso o erro passa a ter enfoque educacional.

A teoria sócio – histórica visa o processo simbólico da escrita que a criança passa a atribuir significado a grafia.

O educando até chegar à escrita formal, passa do gesto para o desenho e deste para a brincadeira, este sendo sujeito ativo do processo.

Por isso é necessário sair do modelo tradicional de alfabetização que é de natureza sintética, analítica ou mista e avançar dando um enfoque voltado as práticas com referencias sociais com contribuições das áreas auxiliares de conhecimentos como a Psicologia e a Linguística.

È necessário que a escola tenha um trabalho coletivo de professores e um projeto construído num processo de reflexão – ação entre teoria e prática dentro de uma proposta basicamente com textos desde os anos iniciais até os finais.



Dicas do papel de um “Professor letrador”



1 - Investigar as práticas sociais que fazem parte do cotidiano do aluno, adequando-as à sala de aula e aos conteúdos a serem trabalhados.

2 - planejar suas ações visando ensinar para que serve a linguagem escrita e como o aluno poderá utiliza-la.

3 - desenvolver no aluno, através da leitura, interpretação e produção de diferentes gêneros de textos, habilidades de leitura e escrita que funcionem dentro da sociedade.

4 - incentivar o aluno a praticar socialmente a leitura e a escrita, de forma criativa, descobridora, crítica, autônoma e ativa, já que a linguagem é interação e, como tal, requer a participação transformadora dos sujeitos sociais que a utilizam;

5 - recognição, por parte do professor, implicando assim o reconhecimento daquilo que o educando já possui de conhecimento empírico, e respeitar, acima de tudo, esse conhecimento.

6 - não ser julgativo, mas desenvolver uma metodologia avaliativa com certa sensibilidade, atentando-se para a pluralidade de vozes, a variedade de discursos e linguagens diferentes.

7-avaliar de forma individual, levando em consideração as peculiaridades de cada indivíduo.

8 - trabalhar a percepção de seu próprio valor e promover a auto-estima e a alegria de conviver e cooperar.

9 - ativar mais do que o intelecto em um ambiente de aprendizagem, ser professor-aprendiz tanto quanto os seus educandos.

10 - reconhecer a importância do letramento, e abandonar os métodos de aprendizado repetitivo, baseados na descontextualização.



Bibliografia

LEITE, Sérgio Antônio da Silva – Alfabetização e Letramento: contribuições para as práticas pedagógicas, Campinas - SP Komedi, 2005.

TFOUNI, Leda Verdiani. Letramento e alfabetização. 6ª ed. São Paulo: Cortez, 2004.
Mec Pcn Língua Portuguesa - 1997




Profª Maria Thereza

Estou postando esses trabalhos, mas você já tem por escrito.

A pesquisa científica como Instrumento pedagógico I

Profª Maria Thereza Alexandre



Que sentido há em se falar em Professor Pesquisador no contexto atual? Contribuições para o Debate

Adriana Dickel



A educação e as escolas sempre ficaram a mercê das organizações políticas.

A escola sempre serviu para atender as necessidades políticas do país e sempre deixa de cumprir seu verdadeiro papel.

No Século XVIII a escola busca a igualdade e a fraternidade por se tornar pública, sendo a educação dessa época em função da burguesia que queria um povo mais refinado para o trabalho, mas pessoas que pudessem ser dominadas.

No período da industrialização a escola tinha outro objetivo à preparação de grandes massas para o trabalho que também não deixava de ser dominante.

Estamos em um período que a sociedade divide-se em partes que são:

Pessoas empregadas com vínculo empregatício.

Pessoas que trabalham em subempregos sem vínculo empregatício.

Pessoas desempregadas, os excluídos.

Com essa configuração acaba-se tornando um problema social que acaba interferindo na educação. A infância com as brincadeiras já não faz mais parte de sua vida, muitas desde cedo já assumem o trabalho e muitas vezes responsabilizam-se pelo cuidado dos irmãos mais novos.

A educação por sua vez discute muito a relação do fracasso escolar, mas fica sempre na discursividade e muito pouco sem tem feito em termos de políticas públicas para sanar os problemas sociais que afetam a infância o que cada vez mais aumenta o número de excluídos e dominados.

È preciso haver um movimento de reestruturação da educação com professores reflexivos e pesquisadores que produzam através da suas práticas riquezas de conhecimentos que promova justiça social.

O foco da emancipação do professor pesquisador é o currículo passando pelo conhecimento sensibilidade e capacidade de reflexão.

A pesquisa em educação desenvolve a teoria e sua comprovação é feita pelo professor atuando em sala de aula.







Profª Tereza Silva Santos Scorçafava

Profª Rita de Cássia Sena da Silva e Sousa




Da utilidade dos animais

Carlos Drumond de Andrade



Quando um conteúdo é levado ao aluno da forma que foi apresentada ele não consegue aprender os valores e até mesmo ter consciência da importância da preservação da espécie.

Se com esse texto a proposta fosse um projeto de pesquisa poderia ter sido mais aproveitado.

Percebe-se que muitos conhecimentos foram deixados de serem socializados e poderia ter sido feito um trabalho com todas as áreas de conhecimento.

A professora poderia com essa exposição de animais explorarem o conhecimento fazendo uma conexão com: matemática, história, geografia, ciências, português, artes, educação física.

O objetivo desse projeto seria a identificação da fauna de nosso país e conhecimento de outros animais e conscientizando sobre a importância da preservação dos animais em extinção.

Esse projeto seria desenvolvido usando a pesquisa bibliográfica, de campo, documental e experimental.

Conhecimentos desenvolvidos Português:

Elaboração, Reestruturação, discussão e socialização de relatórios.

Geografia

Distância entre países.

Localização desses paises em mapas.

Quais animais são brasileiros e os que não são.

Mapa com localização dos animais em nosso país.

Estudo dos continentes.

Temperatura.

História

Estudo da moda de bolsas, calçados, roupas de acordo com os tempos.

Moedas que têm estampas de animais.

Cultura dos povos desses paises.

Ciências

Habitat dos animais.

Exigências de sobrevivência desses animais em outros países.

Tempo de sobrevivência dos animais.

Classificação dos animais – tem pêlo, pena, bípedes, quadrúpedes,...

Os que estão em extinção e os que não estão.

Os que servem de alimento.

Cadeia alimentar.

Período de gestação, com observação da gestação de algum animal.



Matemática

Elaborar gráfico de gestação dos animais.

Cálculos de diferenças do tempo de sobrevivência com tabela de comparação.

Cálculo da distância entre países.

Cálculo da diferença de fuso horário de outros países.

Preço de alimentos e objetos que poderão ser produzidos por esses animais.

Catalogar os animais do bairro.

Artes

Desenho dos animais.

Montagem de teatro de animais com fantoches.

Informações de pintores famosos que em suas pinturas retrataram desenhos com animais.

Artesanato com reprodução de animais com argila.

Educação Física

Imitação dos animais usando as mãos e fala.

Cidadania

Substituição da matéria prima ( pele, pêlo) por tecido, plástico.

Legislação.



Esse trabalho tem a duração prevista de um trimestre e será socializado com exposição dos trabalhos realizados e através de seminário apresentado pelos alunos com a coordenação da professora tendo como recurso pedagógico a informática.



Profª Tereza Silva Santos Scorçafava

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