TROMBELII, A.; SILVA, V.F. Discutindo a sexualidade no contexto escolar: uma experiência docente. In: I encontro de Pesquisa em Educação, IV Jornada de Prática de Ensino, XIII Semana de pedagogia da UEM: Infância e práticas educativas. Maringá, Pr: Arq. Mudi, 2007; 11 9sup. 2), p. 205-9.
O texto produzido pelas autoras é resultado de uma pesquisa com o mote da sexualidade no contexto escolar. As autoras propõem como base de trabalho o PCN, onde sugere o desenvolvimento como tema transversal, ou seja, em ligação com todos conteúdos trabalhados.
Para tanto, as autoras focalizam a escola como sendo um local ideal para discutir a sexualidade, isto por ser um ambiente que oportuniza a reflexão de valores, conflitos e visões de mundo diferenciadas. Para isso, indicam a disposição do professor para construção de sua postura profissional, para que seja consciente no trabalho deste tema especificamente.
SEXUALIDADE
Está presente no ser humano em todos os momentos e em todas as suas atividades, influenciando fundamentalmente sua maneira de viver.
QUESTÕES
O que diz os PCN sobre a sexualidade?
Quais os benefícios ao se trabalhar a orientação sexual nas escolas?
Qual a função do professor/educador neste trabalho?
Quais as metodologias a serem desenvolvidas quanto a este assunto?
PARA QUE
Ajudará os alunos a chegarem a uma vida adulta (e a sexualidade na infância ?) com mais autonomia, com a capacidade de exercer plenamente seus direitos relacionados ao sexo (e o respeito as diferenças ?) sem interferência dos papéis sexuais que são atribuídos ao homem e a mulher (impossível desconsiderar como sendo uma construção social e cultural).
SEXUALIDADE X ESCOLA
1838- apareceu o termo na biologia.
1905- com Freud em “Três experiências sobre sexualidade”.
Década de 20- nas escolas no Brasil.
Década de 70- intensificou a discussão para a formação global do individuo, seguindo os movimentos sociais da época, que propunham repensar o papel da escola e de seus conteúdos.
DISCUSSÃO
Mudanças de concepções dos papéis sociais do H e da M, relacionadas á formação e atuação profissional.
Há professores com dificuldade em falar sobre sexo e sexualidade com os alunos.
PCN
Aponta a escola como sendo um espaço propício para falar de sexo.
E a sexualidade?
E as questões de gênero?
GUACIRA LOPES LOURO
“A escola não apenas reproduz as concepções de gênero e sexualidade que circulam na sociedade, mas que, ela própria às produz”.
SEXUALIDADE – SEXO
Sexo - do latim sexus, de onde vêm os termos: sexual, sexualismo e sexualidade; faz referencia ao aspecto anatômico: aos órgãos genitais; refere-se ao ato sexual.
Sexualidade – está presente em todos os atos da vida (????).
CARVALHO: 2000, P. 33.
“É tudo aquilo que faz uma pessoa pensar, sentir, comportar-se de maneira diferente da outra, ela compreende; afetividade, assertividade, auto-estima, fantasia, comunicação, cidadania, ética, emoção e genitalidade”.
DISCUSSÃO
A escola tem que entender que sua ação é a de complementar a educação dada pela família.
PCN
O papel da escola é abrir espaço para que essa pluralidade de concepções, valores e crenças possam se expressar.
Caberá á escola trabalhar o respeito às diferenças, a partir de sua própria atitude de respeitar as diferenças expressas pelas famílias.
DISCUSSÃO
Muitas escolas permanecem omissas em relação a sexualidade.
IMPLANTAÇÃO EFETIVA
Integração família e escola.
Qualificação dos professores.
O PROFESSOR
Levar em conta o conhecimento diversificado e individual do aluno.
Relativizar as diferentes visões dos alunos (compreender as referências ou as origens).
Mostrar que atitudes, procedimentos e conceitos da sexualidade podem ser diferentes (há diferentes conceitos de sexualidade ou diferentes concepções?).
Ter discernimento para não transmitir valores, crença e opiniões (sendo a sexualidade uma condição humana impregnada de valores, seria possível separá-la de concepções de H e de M?).
Estar atento às diferentes formas de expressão dos alunos (e a dos adultos também).
FURLANI: 2003, P. 69.
“A linguagem é a que reflete e reproduz as desigualdades de gênero e sexo, podendo incentivar ao preconceito, a discriminação e ao sexismo”.
EQUIVOCOS LINGUISTICOS
Vagina – vulva
Sistema reprodutor – sistema sexual
DISCUSSÃO Nº 01
“a orientação sexual oferecida nas instituições educacionais deve contribuir para o preenchimento de lacunas de informações que a criança apresenta” (p. 208).
DISCUSSÃO Nº 02
“é imprescindível que a escola e o professor adotem um posicionamento mais horizontal, de troca, de questionamento mutuo, de construir conhecimentos conjuntamente, numa relação de igualdade e respeito” (p. 208).
DISCUSSÃO Nº 03
“ir além de meras informações sobre a reprodução e a mecânica do ato sexual, abordando aspectos emocional e psicológico, os desdobramentos sociais e políticos ligados a sexualidade, discutindo habilidades de tomada de decisão, classificando valores, assim como, facilitando a comunicação” (p.208).
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sexta-feira, 13 de março de 2009
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