terça-feira, 13 de maio de 2008

Aula/12/05/2008

AULA/ 12/05/2008

Ai, professora, Fátima !

Você me deixa de cabelos em pé a cada aula.

Hoje, adorei o final da nossa aula, aonde a nossa colega a professora, Regina Senna, nos presenteou, com aquele maravilhoso trabalho no power point.
Como sempre volto para casa, pensando na articulação entre a teoria e a prática e começo a mudar o meu olhar sobre a minha prática e o meu (nosso trabalho de pesquisa). Gênero.
Decidi que irei elaborar o mesmo sobre o multiculturalismo étnico, sei que será complicada a minha pesquisa, mas conto com sua ajuda e das minhas colegas enquanto grupo que estamos nos formando.
Estou preocupada mas feliz.
Beijos, Analu.

A educação do século XXI deve ser pensada na perspectiva da construção de uma sociedade que assegure direitos sociais, econômicos, políticos e culturais a todos, sem exceção. A incontestável globalização das fontes de informação desencadeia sucessivas mudanças em todo o mundo e a educação precisa estar aberta às novas demandas e ao conhecimento que é produzido para atendê-las.

A sociedade brasileira como se apresenta atualmente, tem sua constituição marcada pelo multiculturalismo.

O Brasil a segunda nação do mundo com a maior população negra, impõe inadiável reflexão sobre a prática, implícita ou explícita, dos vários tipos de discriminação, em especial a discriminação racial, dentro e fora do ambiente escolar, levando-se em conta a situação de desigualdade social em que vive a maioria da população negra brasileira.
A política de educação inclusiva, voltada para a humanização impõe às instituições de ensino o compromisso de combater toda e qualquer forma de discriminação, razão por que é preciso maior empenho dos educadores em corrigir distorções que favoreçam a perpetuação do conceito de superioridade racial. E o primeiro passo seria desfazer os equívocos provocados pelo mito da igualdade racial que há séculos disfarça o preconceito contra negros e afro-descendentes.

Examinar de perto os fatores que dificultam ou impedem que sejam trazidos para discussão comportamentos e atitudes racistas praticadas no espaço escolar, efetuar rigorosa revisão do material didático e para-didático até então disponível e, finalmente, trabalhar na reformulação dos currículos. Como mediador nos processos de formação de identidades e de promoção da igualdade, o educador do século XXI é obrigado a ampliar seus conhecimentos, capacitando-se para propor as mudanças e reformulações necessárias permitindo-se, inclusive, discutir como a legislação interfere na construção/desconstrução de preconceitos e até que ponto essa interferência contribui para a evasão e a baixa escolaridade entre a população negra. Uma Educação de qualidade responde às demandas do seu tempo e proporciona a todo indivíduo, indistintamente, o conhecimento do seu valor e da sua dignidade como pessoa, cumprindo desse modo sua função libertadora, como informou o educador Paulo Freire há 40 anos.

“O currículo como lugar privilegiado para o processo de formação de subjectividades sociais” (Tomaz Tadeu da Silva).

Nenhum comentário: